“Seja homem!” Poucos são os homens que nunca ouviram essas palavras, seja de alguém da família, dos amigos ou até de estranhos. Além dos muitos preconceitos implícitos nela e em relação ao outro, a frase é uma das várias caixas que o machismo impõe à sociedade.
Ainda na infância, basta uma lágrima para o menino ouvir “homem não chora”, “vira homem”. Assim a sociedade criou homens que não demonstram seus sentimentos, que não lidam com eles e que se limitam a comportamentos não muito sadios para se manterem na falsa ideia de superioridade masculina.
É assim, também, que a sociedade constrói homens agressivos, não só no ataque às mulheres e às minorias, como também entre si mesmos, o que fica claro em dados revelados pelo TAB UOL chamado “O Crepúsculo do Macho”:
- 94,4% das vítimas de homicídio por arma de fogo no Brasil são homens;
- 79,31% dos mortos em acidentes de trânsito no Estado de São Paulo foram homens;
- 45% dos casos de feminicídio são causados por homens que não aceitam a separação;
- O Brasil é o 1º no ranking de mortes em brigas de futebol, sendo todos os óbitos de homens, causados por outros homens.
E é esta a reflexão que precisamos fazer: os estereótipos da masculinidade fazem sentido?
A resposta é não. Muitos homens vivem presos ao que eles não podem ser e ao que eles deveriam ser, mas se esquecem de quem eles verdadeiramente são.
Homens também sentem, também choram, também podem ser sensíveis, também têm sua vaidade e o pleno direito de serem e de expressarem da forma que verdadeiramente são.
Não deixe o machismo te prender na masculinidade tóxica!